domingo, 15 de julho de 2012

Outeiro: 50 anos da Capela de São Bernardo



TE DEUM
A Vós, ó Deus, louvamos e por Senhor nosso Vos confessamos.
A Vós, ó Eterno Pai, reverencia e adora toda a Terra.
A Vós, todos os Anjos, a Vós, os Céus e todas as Potestades;
A Vós, os Querubins e Serafins com incessantes vozes proclamam:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos!
Os Céus e a Terra estão cheios da vossa glória e majestade.
A Vós, o glorioso coro dos Apóstolos,
A Vós, a respeitável assembleia dos Profetas,
A Vós, o brilhante exército dos mártires engrandece com louvores!
A Vós, Eterno Pai, Deus de imensa majestade,
Ao Vosso verdadeiro e único Filho, digno objecto das nossas adorações,
Do mesmo modo ao Espírito Santo, nosso consolador e advogado.
Vós sois o Rei da Glória, ó meu Senhor Jesus Cristo!
Vós sois Filho sempiterno do vosso Pai Omnipotente!
Vós, para vos unirdes ao homem e o resgatardes não Vos dignastes de entrar no casto seio duma Virgem!
Vós, vencedor do estímulo da morte, abristes aos fiéis o Reino dos Céus,
Vós estais sentado à direita de Deus, no glorioso trono do vosso Pai!
Nós cremos e confessamos firmemente que de lá haveis de vir a julgar no fim do mundo.
A Vós portanto rogamos que socorrais os vossos servos a quem remistes como vosso preciosíssimo Sangue.
Fazei que sejamos contados na eterna glória, entre o número dos vossos Santos.
Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança,
E regei-os e exaltai-os eternamente para maior glória vossa.
Todos os dias Vos bendizemos
E esperamos glorificar o vosso nome agora e por todos os séculos.
Dignai-Vos, Senhor, conservar-nos neste dia e sempre sem pecado.
Tende compaixão de nós, Senhor, compadecei-Vos de nós, miseráveis.
Derramai sobre nós, Senhor, a vossa misericórdia, pois em Vós colocamos toda a nossa esperança.
Em Vós, Senhor, esperei, não serei confundido.

As duas imagens acima são momentos da celebração, pelo Senhor Padre Ramos, da Eucaristia Dominical, no dia 22 Julho 2012, que assinalou os 50 anos da primeira missa celebrada no dia 22 Julho 1962, nesta capela. Abaixo, mostra-se a imagem da lápide dos 50 anos da capela, colocada junto à entrada e descerrada no dia da festa (5 agosto 2012). Mais abaixo mostra-se a fotografia duma roca tendo em fundo a torre da capela, imagem que pretende marcar, num instantâneo, estes 50 anos.

Abaixo, Memória Descritiva e imagens da Planta de Construção:










 
No mesmo ano de construção da capela, (recordar sempre 1962), foi o ano de outros acontecimentos importantes, recordo alguns:
1 -  Início do Concílio Ecuménico Vaticano Segundo;
2 - Crise dos mísseis de Cuba, no auge da Guerra Fria.
3 - Assalto ao quartel de Beja, planeado por Manuel Serra e pelo general Humberto Delgado, com o objetivo de iniciar o movimento para derrubar o regime de Salazar.
4 - Publicação de “Um dia na vida de Ivan Denisovich”  um livro do escritor russo Alexander Soljenitsin que apresenta, num conto ficional, a história dum prisioneiro num campo de trabalho forçado - Gulag - na União Soviética de Stalin. A publicação foi sancionada pelo líder soviético Nikita Khrushchof. O livro chocou o mundo e iniciou uma onda de informação que levaria ao fim da União Soviética.
Também se relembra que, em 1962, no futebol europeu, o Benfica foi Campeão Europeu (ganhou ao Real Madrid por 5-3, em Amsterdão).

Para caracterizar o tempo de há cinquenta anos atrás temos que informar o seguinte: 
Havia 45 anos que Nossa Senhora aparecera em Fátima aos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta; a devoção a Nossa Senhora de Fátima marcava, de forma muito viva, a vida das gentes.
Não estava esquecida a Segunda Grande Guerra: vivia-se o tempo do pós guerra e a guerra fria.
A União Indiana tinha anexado os territórios de Goa Damão e Diu, até aí sob administração portuguesa; tinha começado o conflito armado em Angola, que depois se estendeu aos outros territórios  africanos sob administração portuguesa.
Tinha-se iniciado o período da emigração (sobretudo emigração 'de salto') com destino a França.
Nesse tempo, as famílias viviam com dificuldades: a principal actividade era a agricultura de subsistência. Não havia, ao nível do concelho, ensino estatal para além da escola primária, só até à 4ª classe. Havia carências a todos os níveis. Havia uma actividade complementar à vida rural que era a fabricação e comercialização de terços.

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